terça-feira, 22 de maio de 2012


DIA 23 DE MAIO COMEMORA-SE O DIA DO MMDC (Revolução de 32)

SIGLA REVOLUCIONÁRIA DE 32 FOI ALTERADA

Todos estavam acostumados no dia 23 de maio (pelo menos nos bons tempos que as escolas ensinavam patriotismo) em  prestar homenagens as quatro primeiras vítimas dos confrontos que desembocaram na Revolução Constitucionalista ocorrida em 1932, lembrados na sigla MMDC, usada como exaltação do brio, garra e patriotismo do povo de São Paulo. A Assembléia Legislativa do Estado aprovou o Projeto de Lei 435/2003,  que instituiu o "Dia dos Heróis MMDCA" (Lei nº 11.658 de 13/01/2004), ficando acrescida à sigla histórica mais uma letra, ou seja, mais um nome aos acontecimentos  revolucionários de 32, o nome de  Orlando Alvarenga.  A sigla MMDC era resultante da junção dos nomes Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo. Estes jovens Mário Martins de Almeida  (31 anos, solteiro, fazendeiro em Sertãozinho, nascido em São Manoel-SP), Euclydes Bueno Miragaia (21 anos, solteiro, auxiliar de Cartório em S. Paulo, nascido em S. José dos Campos-SP), e Antonio Américo de Camargo Andrade (30 anos, casado, 3 filhos, comerciário em S. Paulo, Nascido em São Paulo), morreram no confronto do dia 23 de maio com as tropas governistas de Getúlio Vargas, sendo que Dráuzio Marcondes de Souza, com apenas 14 anos, (ajudante de farmácia em S. Paulo, nascido em São Paulo) foi ferido e veio a falecer no dia 27 do mesmo mês. Na verdade, foram três mortos de imediato e dois feridos, sendo que o último foi   Orlando Alvarenga, atingido por tiro de fuzil na medula, sofrendo gravemente até o dia 12 de agosto, quando veio a falecer, era natural de Muzambinho-MG, tinha 33 anos, e casado com Annita do Val, tendo um filho de nome  Oscar.  Na época o então governador dos constitucionalistas Pedro de Toledo assinou um Decreto oficializando a sigla MMDC como símbolo do movimento revolucionário no dia 10 de agosto, em homenagem aos quatro falecidos. Como Orlando Alvarenga veio a falecer dois dias depois da assinatura do decreto, seu nome ficou fora da homenagem.  Em 2002 o governador Geraldo Alckmin assinou um decreto também resgatando esta figura histórica, no qual criou em 25 de abril  a oficialização do colar “Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos".
Assim sendo, nas comemorações de 23 de Maio, como nas de 09 de julho ficará a sigla mudada para MMDCA.
São Paulo como sempre, foi símbolo de gente desbravadora,  guerreira e lutadora por seus direitos; que este patriotismo e fibra paulista continue sempre existindo, estando expresso nos nossos símbolos estaduais e principalmente em nossa bandeira, que o saudoso poeta Guilherme de Almeida, descreveu como: “Bandeira da minha terra / Bandeira das treze listas / São treze lanças de guerra / Cercando o chão dos Paulistas / Mapa de pátria guerreira / Traçado pela vitória / Cada lista é uma trincheira / Cada trincheira, uma glória”.

Prof. Valter Cassalho


Ser Paulista

                            Martins Fontes

Ser paulista! é ser grande no passado
E inda maior nas glórias do presente!
E' ser a imagem do Brasil sonhado,
E, ao mesmo tempo, do Brasil nascente.

Ser paulista! é morrer sacrificado
Por nossa terra e pela nossa gente!
É ter dó das fraquezas do soldado
Tendo horror à filáucia do tenente.

Ser paulista! é rezar pelo Evangelho
De Rui Barbosa — o sacrossanto velho
Civilista imortal de nossa fé.

Ser paulista em brasão e em pergaminho
É ser traído e pelejar sozinho,
É ser vencido, mas cair de pé!

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